Em um discurso que rapidamente se tornou um dos mais comentados nas redes sociais e nos bastidores políticos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reacendeu o debate sobre a regulamentação das redes sociais no Brasil, ao criticar o que classificou como um "banco de mentiras" disseminado por plataformas digitais.
Durante evento em Brasília com ministros e jornalistas, Lula afirmou que as redes sociais se tornaram terreno fértil para desinformação e ataques infundados, o que, segundo ele, compromete o ambiente democrático.
“Não é possível que o mundo seja transformado num banco de mentiras”, declarou o presidente, em tom crítico, ao defender a criação de mecanismos para combater a desinformação.
A fala causou reação imediata, principalmente por revelar um pedido de apoio ao governo da China, liderado por Xi Jinping, para discutir o modelo de regulamentação digital brasileiro. O gesto foi interpretado por críticos como um alinhamento preocupante com regimes autoritários, como o chinês, conhecido por sua rígida censura digital e controle da internet.
O governo argumenta que a proposta será conduzida "da forma mais democrática possível", mas a menção à China como interlocutora levanta questionamentos sobre os reais limites da iniciativa. Para especialistas e opositores, há o risco de a medida abrir espaço para censura institucionalizada, sob o pretexto de combater fake news.
Organizações da sociedade civil e parlamentares já se mobilizam para pressionar por transparência e participação ampla no debate, temendo que o processo resulte em mecanismos que limitem o o à informação e a crítica política.
Parlamentares da oposição acusaram o presidente de “copiar modelos autoritários” e afirmaram que não aceitarão qualquer proposta que viole princípios constitucionais de liberdade de expressão.
“Pedir conselho à China sobre como lidar com a internet é como pedir a um carcereiro dicas de liberdade”, ironizou um senador da oposição, que pediu anonimato.
Já apoiadores do governo argumentam que o combate à desinformação é urgente, especialmente diante do avanço de discursos de ódio, teorias conspiratórias e ataques contra instituições.
A China mantém um dos sistemas mais restritivos de controle da internet no mundo, com plataformas censuradas, vigilância massiva e punições severas para conteúdos considerados "subversivos". A eventual adoção de diretrizes inspiradas no modelo chinês desperta preocupação dentro e fora do Brasil.
O governo chinês, por sua vez, ainda não se manifestou publicamente sobre o suposto pedido de apoio citado por Lula.
O episódio reacende a tensão entre a necessidade de combater a desinformação e a obrigação de proteger as liberdades individuais. A proposta de regulamentar o ambiente digital, embora debatida em várias democracias, exige cuidados extremos para não se transformar em ferramenta de controle político ou perseguição a vozes dissidentes.
A fala de Lula, ao colocar o governo chinês como parceiro estratégico nessa discussão, promete ser mais um ponto de discórdia na já polarizada política brasileira — e acende o alerta sobre os rumos que a liberdade na internet pode tomar no país.
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