Deputado aponta perseguição política envolvendo Casa Civil e Polícia Civil; Executivo nega irregularidades e defende servidor citado
Redação - O cenário político de Rondônia foi sacudido nesta semana por uma denúncia do deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alero), que alega a existência de um suposto esquema de perseguição política orquestrado por integrantes da Casa Civil e da Polícia Civil. A acusação acirrou ainda mais os ânimos entre Legislativo e Executivo, expondo fissuras na relação entre os poderes e reacendendo o debate sobre o uso de instituições públicas para fins políticos.
A denúncia de Marcelo Cruz aponta diretamente o servidor Marcos Correia, lotado na assessoria técnica da Casa Civil, como peça central de uma rede de perseguição contra opositores do governo. Segundo Cruz, a Polícia Civil estaria atuando em conluio para dar respaldo às ações, comprometendo a isenção dos processos istrativos e investigativos no estado.
Embora não tenha apresentado documentos comprobatórios detalhados até o momento, Cruz classificou os episódios como “sistemáticos e coordenados” e cobrou uma resposta institucional. O caso rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais e em portais de notícias locais, alimentando discussões sobre a integridade das instituições estaduais.
Em resposta, o Governo de Rondônia divulgou uma Nota Oficial na noite de quarta-feira (12), rebatendo as acusações. No comunicado, o Executivo afirma que “não há comunicado oficial à Casa Civil acerca da denúncia feita pelo deputado Marcelo Cruz”, e reforça que o servidor Marcos Correia “atua na istração pública com presteza e transparência”.
A Nota enfatiza ainda o compromisso do governo com a legalidade e o respeito às instituições, e reitera que a atuação da Casa Civil, sob a gestão do secretário Elias Rezende, mantém diálogo com os demais poderes “dentro dos princípios que regem a istração pública”.
Figura proeminente na política rondoniense, Marcelo Cruz, de 40 anos, tem uma carreira pautada por iniciativas populares e também por controvérsias. Eleito pela primeira vez para a Ale-Ro em 2018 e reeleito em 2022, Cruz comandou a presidência da Casa entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2025. É conhecido por projetos como a Caravana da Cidadania e a Copa Amadorzão de Futebol, voltados à inclusão social e ao esporte.
No entanto, sua trajetória também foi marcada por investigações, como a Operação Iniquitate (2020), que apurou supostos casos de extorsão relacionados ao evento Dia do Evangélico, e a Operação Dissimulação (2023), que investigou o uso de notas fiscais supostamente falsas para reembolsos de despesas médicas. Ambas foram arquivadas sem responsabilização formal. Mas arquivamento não significa inocência, mas sim falta de provas. Ou intervenção política no Judiciário rondoniense.
Em 2020, Cruz também acusou um servidor da Assembleia de atuar como espião, supostamente a mando da promotoria estadual, criando mais um episódio de conflito entre poderes.
Investigação ainda sem desdobramentos
Até o momento, nenhuma investigação formal foi confirmada pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO) ou pela Polícia Civil, que também não se manifestou sobre as acusações. A ausência de um inquérito ou pronunciamento oficial por parte dos órgãos citados alimenta tanto críticas quanto especulações.
A Polícia Civil, por sua vez, já foi alvo de críticas em outros momentos — como na controversa Operação Pau Oco (2019), que envolveu o ex-governador Daniel Pereira — e, por isso, a acusação de parcialidade voltou a colocar a corporação sob holofotes.
Para analistas políticos, o episódio revela mais do que uma denúncia isolada: trata-se de um capítulo a mais na disputa por espaço e controle político em Rondônia, especialmente em um período de rearranjos de poder na Ale-Ro e no Executivo.
A falta de provas concretas até o momento e a reação imediata do governo indicam que o episódio pode tanto se configurar como uma crise política real quanto como uma manobra estratégica de antecipação eleitoral ou tentativa de desestabilização institucional.
Nota oficial na íntegra:
O Governo do Estado de Rondônia informa que não há comunicado oficial à Casa Civil acerca da denúncia feita pelo deputado Marcelo Cruz. E esclarece que o servidor público Marcos Correia encontra-se lotado na Casa Civil, no setor de assessoria técnica, atuando na istração pública com presteza e transparência. O Governo reafirma seu compromisso com a legalidade, a transparência e o pleno respeito às instituições, mantendo sua atuação sempre dentro dos princípios que regem a istração pública.
Porto Velho, 13 de junho de 2025
GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA
Conclusão
Enquanto os desdobramentos da denúncia ainda são incertos, o episódio já cumpre um papel claro: aumenta a pressão sobre o governo e lança dúvidas sobre a lisura da atuação de servidores estratégicos. Cabe agora às autoridades competentes esclarecerem os fatos com isenção e responsabilidade, sob pena de comprometer, ainda mais, a confiança pública nas instituições de Rondônia.
Fonte: noticiastudoaqui.noticiaderondonia.com
Com informações de Político
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