Se não me engano, a propaganda oficial orienta a falar bem de Rondônia só porque o governo, em parceria com restaurantes credenciados, implantou um programa destinado a fornecer um prato de comida a pessoas em situação de rua ao preço de dois reais. É isso mesmo? Não quero desmerecer a importância do “Programa Prato Fácil”, mas, convenhamos, é um grão de areia no mar revolto de problemas contra os quais o estado de Rondônia se debate há muito tempo.
O sistema de saúde estadual está na UTI. Isso não é novidade para ninguém, tampouco é de agora. Até mesmo quem mora fora de Rondônia conhece a realidade do Hospital Estadual João Paulo II, que já apareceu várias vezes em rede nacional como o pior do Brasil. Mesmo assim, ainda tem gente que acha que a população rondoniense tem motivo para sair exaltando o estado como o melhor dos mundos por causa de um prato de comida grátis.
E não é somente a área da saúde que vai de mal a pior. Uma das principais fontes de peleja no período eleitoral, a segurança pública tem sido um dos setores vulneráveis de sucessivos governos, inclusive do atual. Ao lado da saúde, a segurança tem sofrido críticas severas por parte de parcela importante da população, exigindo das autoridades medidas concretas, que vão além de discursos e propostas vazias de campanha eleitoral. Apesar disso, o povo tem que falar bem de Rondônia, como recomenda a comunicação oficial?
Sinceramente, é possível falar bem de um estado onde mais da metade da população não tem o a água encanada e quase noventa e seis por cento de seus moradores não lançam seus esgotos em rede coletora? E repare que eu citei apenas três importantes setores da istração, mas há outros, que não vêm dando conta do recado. É certo que algumas pastas do governo são relativamente boas ou sofrivelmente regular, porém, a grande maioria vem deixando a desejar, decepcionando cada vez mais a população. Seria, no mínimo, paradoxal, falar bem de Rondônia com tantas coisas fora do eixo, com tantos serviços ruins prestados à população. Eu gostaria de ter motivos palpáveis para elogiar o meu estado, mas, infelizmente, as evidenciam não deixam.
Valdemir Caldas
Leia mais
Leia mais
Leia mais
Leia mais
Leia mais
Leia mais
Leia mais
Leia mais
Leia mais
Leia mais
Leia mais
Leia mais
(69)3901-3176
(69)3901-3176
(69) 3901-3167
(69) 3214-4647
(69) 3224-6380